
Todo brasileiro é acostumado a utilizar aparelhos eletrônicos e outros objetos que foram inventados fora do nosso país. Apesar disso, existem muitas coisas importantes para a humanidade que são invenções brasileiras! Existem controvérsias por trás de algumas histórias sobre quem foi o primeiro a descobrir algumas dessas invenções, mesmo assim, selecionamos 6 das maiores delas feitas aqui para você se impressionar e compartilhar com os amigos. Veja:
Fotografia


A história da fotografia é marcada por contribuições de diversos inventores ao redor do mundo. Embora o princípio da "câmera escura" já fosse conhecido desde a antiguidade, o desenvolvimento de métodos para fixar essas imagens foi fundamental para o surgimento da fotografia. Nomes como Henry Fox Talbot e Louis Daguerre são frequentemente mencionados nesse contexto.
No entanto, uma das invenções brasileiras mais notáveis é a contribuição de Hercule Florence, um francês que se estabeleceu no Brasil. Florence desenvolveu, de forma independente, um processo fotográfico em 1833, na cidade de Campinas, São Paulo. Ele utilizou papel sensibilizado com sais de prata para capturar imagens, antecipando-se em três anos à divulgação do daguerreótipo por Louis Daguerre. Além disso, Florence é creditado como o primeiro a utilizar o termo "photographie" em 1834, alguns anos antes de John Herschel criar independentemente o termo "photography".
A descoberta de Florence permaneceu desconhecida internacionalmente por muitos anos, em parte devido ao seu isolamento geográfico e à falta de divulgação adequada. Somente décadas depois seu trabalho foi reconhecido, consolidando-o como um dos pioneiros da fotografia mundial.
Essa é apenas uma das notáveis invenções brasileiras que tiveram impacto significativo no mundo.
Walkman


Poucas invenções transformaram tanto a maneira como as pessoas interagem com a música quanto o Walkman. Este dispositivo portátil permitiu, pela primeira vez, que o som estivesse literalmente no bolso do usuário, marcando uma revolução cultural e tecnológica. Embora a criação do Walkman seja frequentemente atribuída à Sony, o Brasil também contribuiu para a história das tecnologias de áudio portátil com suas inovações.
O Walkman foi lançado pela Sony em 1º de julho de 1979, no Japão. A ideia surgiu do desejo de Akio Morita, cofundador da empresa, de criar um dispositivo que permitisse ouvir música em qualquer lugar, sem incomodar outras pessoas. A primeira versão, o Sony Walkman TPS-L2, era um tocador de fitas cassete com um design compacto e a funcionalidade de fones de ouvido, algo revolucionário para a época.
Morita acreditava que o Walkman seria um sucesso entre os jovens, e ele estava certo. A novidade não apenas tornou a música mais acessível, mas também moldou comportamentos sociais e deu início à era dos dispositivos eletrônicos portáteis.
Como isso se relaciona com o Brasil?
Embora o Walkman em si não tenha sido criado no Brasil, a contribuição de invenções brasileiras para a evolução da tecnologia sonora não pode ser ignorada. Um exemplo significativo é o desenvolvimento da tecnologia de áudio digital. Na década de 1970, César Lattes, físico brasileiro renomado, colaborou com avanços científicos que ajudaram a pavimentar o caminho para tecnologias digitais de áudio e vídeo, que posteriormente influenciaram os dispositivos portáteis.
Além disso, empresas brasileiras de tecnologia, como a Gradiente, adaptaram o conceito do Walkman para o mercado local, lançando versões nacionais que popularizaram o som portátil no Brasil. Esses produtos fizeram grande sucesso durante os anos 1980 e 1990, tornando-se parte da memória afetiva de muitos brasileiros.
O Legado do Walkman
O Walkman deu início a uma nova era de dispositivos móveis, sendo o precursor de gadgets como o Discman, o iPod e até os smartphones que usamos hoje. Ele mudou a maneira como o mundo consome música e consolidou a ideia de que a tecnologia pode ser usada para personalizar experiências culturais.
Essa história reforça como invenções internacionais e brasileiras caminham juntas, mostrando que o Brasil, com suas contribuições inovadoras, continua a ser parte integrante da história tecnológica global.
Kinect


O Kinect, dispositivo revolucionário que permite interagir com videogames sem a necessidade de controles físicos, tem uma forte ligação com o Brasil. Seu principal criador é o engenheiro brasileiro Alex Kipman, nascido em Curitiba em 1979. Formado em Engenharia de Software pelo Rochester Institute of Technology, Kipman ingressou na Microsoft em 2001, onde liderou o desenvolvimento do Kinect, lançado em 2010. O dispositivo utiliza sensores de movimento e reconhecimento de voz para captar os gestos e comandos dos usuários, proporcionando uma experiência de jogo mais intuitiva e imersiva.
Além do Kinect, Kipman também esteve à frente de outros projetos inovadores na Microsoft, como o HoloLens, óculos de realidade aumentada que projeta hologramas no ambiente real. Sua atuação destaca a capacidade de inovação brasileira no cenário tecnológico global, contribuindo significativamente para avanços na interação entre humanos e máquinas.
Portanto, embora o Kinect tenha sido desenvolvido no âmbito de uma empresa multinacional, a mente criativa por trás dessa tecnologia é brasileira, reforçando o papel do Brasil no panorama das invenções tecnológicas.
Máquina de escrever


A máquina de escrever é um dos marcos mais importantes da história da tecnologia e da comunicação. Sua criação transformou a maneira como escrevemos e registramos informações, tornando o processo mais rápido, legível e acessível. Embora muitos associem a invenção às grandes potências industriais da época, a história da máquina de escrever também tem uma conexão significativa com as invenções brasileiras.
A Criação da Máquina de Escrever
O conceito da máquina de escrever começou a se formar no século XIX, com várias tentativas ao redor do mundo. No entanto, o primeiro modelo funcional e comercialmente viável foi patenteado por Christopher Latham Sholes, nos Estados Unidos, em 1868. Junto com seus parceiros, Sholes desenvolveu o layout QWERTY, que ainda hoje é o padrão nos teclados modernos.
O primeiro modelo de sucesso, chamado "Sholes and Glidden Type-Writer", foi lançado em 1873 e comercializado pela Remington. Apesar de rudimentar, essa invenção marcou o início de uma nova era para a escrita profissional e pessoal.
A Contribuição Brasileira: Padre Francisco João de Azevedo
Antes mesmo do sucesso comercial das máquinas de escrever, o Brasil já tinha sua própria contribuição para a história dessa invenção. No século XIX, o padre Francisco João de Azevedo, natural da Paraíba, desenvolveu um sistema mecânico de escrita que se assemelhava a um pequeno piano com 16 teclas. Cada tecla correspondia a uma letra ou símbolo, e um pedal permitia a mudança de linha no papel.
O padre apresentou sua invenção, chamada de máquina taquigráfica, na Exposição Nacional de 1861, no Rio de Janeiro, onde recebeu uma medalha de ouro. Essa máquina era totalmente funcional e demonstrava o potencial de mecanizar a escrita, mas, devido à falta de apoio financeiro e tecnológico, a ideia não foi patenteada nem produzida em larga escala. Décadas depois, empresas estrangeiras desenvolveram modelos comerciais baseados em princípios similares, como o da Remington.
Identificador de chamadas


O identificador de chamadas, popularmente conhecido no Brasil como Bina, é uma tecnologia que permite ao destinatário de uma ligação visualizar o número de quem está chamando antes de atender. Embora o conceito de identificar chamadas tenha sido explorado internacionalmente, o Brasil teve uma participação significativa no desenvolvimento e popularização dessa tecnologia.
Em 1977, o engenheiro eletrotécnico brasileiro Nélio José Nicolai desenvolveu um sistema denominado Bina, acrônimo para "B Identifica Número de A", onde "A" representa o chamador e "B" o receptor da chamada. Na época, Nicolai trabalhava na Telebrasília e buscava uma solução para reduzir o número de trotes telefônicos, especialmente em serviços de emergência. Sua invenção permitia que o número do chamador fosse exibido no aparelho do destinatário, auxiliando na identificação de chamadas indesejadas ou maliciosas.
Apesar da inovação, Nicolai enfrentou desafios para obter reconhecimento e compensação financeira por sua invenção. Ele registrou a patente do Bina no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 1992, recebendo a carta patente em 1997. No entanto, disputas judiciais prolongadas com empresas de telecomunicações dificultaram a obtenção de royalties pelo uso da tecnologia.
É importante notar que, antes do desenvolvimento do Bina por Nicolai, já existiam iniciativas internacionais relacionadas ao identificador de chamadas. Em 1968, o pesquisador grego George Paraskevakos criou um sistema que identificava o número do chamador e o transmitia ao receptor. Posteriormente, em 1976, o japonês Kazuo Hashimoto desenvolveu um protótipo de tela para identificador de chamadas.
No Brasil, além de Nicolai, outros inventores também contribuíram para a evolução dessa tecnologia. Em 1980, João da Cunha Doya e Carlam Bezerra Salles patentearam um dispositivo apelidado de "Pega trote", destinado a identificar e registrar números de chamadores, visando combater trotes telefônicos.
Embora o identificador de chamadas tenha múltiplas origens e desenvolvimentos ao redor do mundo, a contribuição brasileira, especialmente através do trabalho de Nélio Nicolai, desempenhou um papel crucial na popularização e adaptação da tecnologia para o mercado nacional, tornando-se uma das invenções brasileiras de destaque no campo das telecomunicações.
Avião


Assim como a história da fotografia é cheia de mistérios, a da aviação também guarda muitas controvérsias. No século XV, Leonardo da Vinci já possuía projetos desenhados de objetos que eram capazes de voar. A crença de quem realizou a construção do primeiro avião se divide entre duas: os Irmãos Wright e o brasileiro Santos Dumont.
O fato mais curioso é que o avião dos irmãos não era capaz de decolar sozinho, e o diferencial do 14 Bis (o avião de Dumont) era que a ele foi acoplado um motor de combustão movido a gasolina! É por isso que muitas pessoas consideram esse inventor como o homem que conquistou o ar, porque seu avião não precisava de ajuda de elementos externos nem catapultas.
Viu só como temos motivos para nos orgulhar das invenções criadas aqui? Com certeza nesse exato momento existem pessoas desenvolvendo coisas incríveis no Brasil, e fica para nós esperar a próxima invenção!
É importante pensarmos também que nada surge de um dia para o outro, e é por isso que todas as criações acima foram obra de anos de pesquisa e contribuição de vários cientistas. Se você possui algum projeto, não desista dele!
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